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Os 100 Primeiros Dias Após uma Fusão ou Aquisição: O Desafio da Integração com Eficiência e Governança

  • Writer: AE Consulting
    AE Consulting
  • Apr 11
  • 3 min read

No universo de fusões e aquisições, concluir a assinatura do contrato é apenas o início. O verdadeiro desafio começa no dia seguinte. Na AE Consulting, denominamos esse período crítico de Post-Merger Integration (PMI), um ciclo de 100 dias onde se define, na prática, o sucesso ou o fracasso de uma operação de M&A. Trata-se de uma etapa decisiva, onde a empresa precisa transformar intenções estratégicas em resultados concretos — por meio de uma gestão estruturada da integração, com foco em eficiência, sinergia, cultura e governança.


Comunicação: o alicerce da integração


Um dos primeiros pontos a ser atacado no Post-Merger Integration é a comunicação interna e externa. A ausência de uma narrativa clara e consistente pode gerar incertezas, resistências e perda de talentos. Os líderes devem assumir um papel ativo e transparente, comunicando os objetivos da fusão, os impactos esperados e as primeiras decisões tomadas. O alinhamento de expectativas reduz ruídos e cria um ambiente propício para a colaboração.

A comunicação também deve endereçar as preocupações individuais: “O que muda para mim?”, “Meu papel continuará existindo?”, “Como serão os novos processos?”. Canais de escuta ativa, sessões de Q&A e atualizações regulares são boas práticas para garantir engajamento e fluidez informacional.


Processos e sistemas: padronizar para ganhar eficiência


Outro pilar fundamental dos 100 primeiros dias é a padronização dos processos. A coexistência de dois modelos operacionais distintos gera sobrecarga, retrabalho e baixa produtividade. É necessário realizar um diagnóstico rápido e preciso para identificar onde estão as redundâncias, gaps e incompatibilidades operacionais.

A AE Consulting atua fortemente nesse momento, utilizando metodologias de mapeamento e otimização de processos, priorizando os fluxos críticos que afetam diretamente o negócio — como pedidos e faturamento, compras, fechamento contábil e atendimento ao cliente. O objetivo não é apenas unificar processos, mas melhorá-los com base nas melhores práticas de ambas as empresas envolvidas.

Na dimensão tecnológica, o desafio se intensifica. Ambientes de TI desconectados, ERPs incompatíveis e ferramentas redundantes comprometem a integração. A racionalização de sistemas e a definição de um landscape tecnológico comum são fundamentais para garantir agilidade, segurança e governança sobre os dados. Em muitos casos, o Post-Merger Integration é o momento ideal para acelerar projetos de transformação digital que estavam represados.


Captura de sinergias: promessas que devem virar resultados


Toda fusão ou aquisição é justificada por uma tese de valor — seja por aumento de receita, expansão geográfica, ganho de escala, otimização de custos ou inovação. No entanto, capturar essas sinergias exige mais do que boas intenções.

Nos primeiros 100 dias, a administração deve se concentrar em:


  • Identificar sinergias rápidas ("quick wins"): ações com impacto direto e imediato, como renegociação com fornecedores ou racionalização de estruturas administrativas.

  • Mapear sinergias estruturais: oportunidades de médio e longo prazo, como unificação de centros de serviços, integração de canais de venda, fusão de unidades de negócio ou reestruturação da força de trabalho.

  • Designar "owners" claros para cada frente de sinergia, com metas definidas e governança de acompanhamento.


A AE Consulting apoia seus clientes com PMOs de Integração, capazes de organizar as iniciativas de sinergia com disciplina e método, garantindo que os benefícios projetados no deal não fiquem apenas no papel.


Governança e cultura: alinhar para sustentar


Integração bem-sucedida exige governança clara e respeito à cultura organizacional. Em muitos casos, os processos de tomada de decisão ainda estão ancorados nas antigas estruturas, criando confusão e paralisação. Nos primeiros 100 dias, deve-se definir com objetividade:


  • O novo organograma e reporting lines;

  • O modelo de governança (comitês, papéis e ritos decisórios);

  • As políticas corporativas que passam a vigorar.


Além disso, é preciso olhar atentamente para as culturas organizacionais que estão se encontrando. A imposição unilateral de uma cultura pode gerar resistência silenciosa e perda de talentos estratégicos. A escuta ativa, a valorização de boas práticas de ambos os lados e a construção de símbolos de união (como nova identidade visual, missão compartilhada, campanhas internas) ajudam a criar o sentimento de pertencimento à “nova empresa”.


Conclusão: integração começa no dia 1, não no dia 101


A experiência da AE Consulting mostra que os 100 primeiros dias de um Post-Merger Integration são uma corrida contra o tempo, mas também uma janela estratégica para consolidar a mudança. A ausência de um plano estruturado pode custar caro — em capital humano, valor de mercado e reputação.


Por isso, recomendamos que toda operação de M&A venha acompanhada de uma estratégia de integração robusta, com governança, metas claras, lideranças mobilizadas e apoio especializado. O sucesso da fusão ou aquisição dependerá menos do PowerPoint do deal, e mais da capacidade de executar com disciplina, inteligência e sensibilidade nos dias que se seguem.

 
 
 

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